
Novembro roxo – O mês da prematuridade
30 de novembro de 2023
Já ouviu falar sobre língua presa?
28 de fevereiro de 2024Quando o bebê nasce, todas as janelas para receber o mundo se abrem. O sistema auditivo já está pronto, porém precisa de experiências auditivas para se desenvolver adequadamente. E quais experiências auditivas são essas? Quando o bebê nasce, todas as janelas para receber o mundo se abrem.
A voz humana e a interação social se tornam as maiores ferramentas para o desenvolvimento auditivo e, consequentemente, da linguagem do bebê.
Os sons ambientais, como o som da chuva, do vento e o barulho dos animais são experiências sensoriais não verbais que vão contribuir para a estimulação do sistema auditivo.
A criança precisa ouvir bem para falar bem, desenvolver-se bem e para se entender e entender o mundo. Um dos pré-requisitos para o desenvolvimento da linguagem é um sistema auditivo em bom funcionamento.
A importância do Teste da Orelhinha
O primeiro exame que avalia essa questão é o Teste da Orelhinha, que deve ser realizado nas primeiras 48 horas de vida do bebê – ou, no mais tardar, até o final do primeiro mês de nascimento.
As maternidades, por lei, são obrigadas a fornecer equipe de fonoaudiologia às famílias no pós-parto. Porém, há também profissionais independentes que atendem a domicílio – como é o caso da Fonotriar, que vai até onde o bebê estiver, em qualquer região da cidade de Recife.
O teste é indolor ao bebê e dura apenas alguns minutos. Após sua realização, avalia-se a necessidade de acompanhamento em um curto intervalo de tempo.
O que esperar do bebê a cada fase?
Recém-nascido(a): reage aos sons fortes. Se assusta, acorda e pisca os olhinhos.
Até os 3 meses: se acalma com músicas, sorri para você, emite gritinhos, brinca com o som que produz e emite vogais.
Dos 3 aos 8 meses: presta atenção aos sons, vocaliza. Localiza a fonte sonora virando a cabeça para os lados, balbucia alguns sons, como: “dadada”, “papapa”, “mamama”.
Dos 8 aos 12 meses: entende palavras curtinhas, como: “tchau, não”. Responde quando é chamado(a) pelo nome e repete palavras simples.
Aos 12 meses: produz as primeiras palavras e entende ordens simples, como: “dá tchau”.
Dos 12 aos 18 meses: localiza os sons para baixo, lados e indiretamente para cima. Ou seja, move a cabeça para os lados e depois para cima. Utiliza, em média, umas 20 palavras.
Dos 18 aos 24 meses: localiza rapidinho todos os sons para os lados, para cima e para baixo. Produz frases curtinhas, usa umas 50 palavras.
Aos 3 anos: produz sentenças, sua fala é quase totalmente compreensível.
Parece tudo certo!
A avaliação audiológica infantil precisa entrar como um dos exames de rotina da criança. Sabe por que? Porque é nesse período que o cérebro está recebendo todas as informações que são ouvidas, vistas, sentidas. Está em processo de desenvolvimento e em plena capacidade de moldar-se – chamamos de “neuroplasticidade”. Esse período é precioso. Não podemos perder tempo, precisamos fornecer oportunidades!
Uma perda auditiva, mesmo que leve, durante a infância, irá repercutir negativamente no desenvolvimento do sistema auditivo. E consequentemente, no desenvolvimento de linguagem, fala e aprendizagem. Muitas vezes, causa até baixo desempenho escolar e dificuldades na alfabetização.
Portanto, não baixe a guarda: continue prestando atenção e cuidando de todos os aspectos da saúde do seu filho.
Fonotriar. A linguagem do amor é cuidar.


